Combo | Cochichos de amor e outras alquimias + Quem me dera quedas d’água

R$60,00

Autora: Helena Silvestre

Pré-venda do Combo | Cochichos de amor e outras alquimias + Quem me dera quedas d’água

Categoria: Tag:

Descrição

Sobre o livro Cochichos de amor e outras alquimias

Cochichos de amor e outras alquimias acompanha a viagem de Luzia, fugindo de casa, buscando liberdades, entendendo-se tardiamente como mulher e despencando em relações de amor cruzadas por gênero, raça e classe. “O livrinho explicava como as mulheres engravidam, tinha desenhos dos órgãos sexuais e contava biologicamente o que era uma relação sexual, com desenhos de girinos de sapo correndo pra chegar numa bola de carne atraente pra eles.
Ela devorou o que leu.
Mas ninguém conversava com ela sobre nada disso.
Quando menstruou pela primeira vez, com vergonha de contar, roubou um absorvente da mãe e o colocou ao
contrário, achando que fazia sentido que a cola estivesse aplicada diretamente na vagina pra que a fralda não se
movesse.
Ainda bem que tinha Almira, ainda bem que tinha as mulheres da militância, que falavam disso mesmo sem ser
perguntadas e explicavam que a hora certa quem decide é cada uma, que as mulheres gozam e desejam prazer e afago, e que sempre podem igualmente não querer”.

 

Sobre o livro Quem me dera quedas d’água

Anos atrás, aprendi com Milton Santos que metade da população não come, e que a outra metade não dorme com medo da que não come. Esse mundo nos empurra sempre a versão da história da metade que come mas não dorme. Com a Helena Silvestre, ouvimos as vozes daquela primeira metade, que já não é mais uma-metade, são Marinete, o Seu Juarez, têm rostos, histórias, corpos e desejos-fomes. O subtítulo faz parecer que são todos relatos do período pestilento. E eles até são. No entanto, há aqui muito do que já existia antes de usarmos as máscaras, tanto do que é exploração quanto do que é resistência (é que “a camada da peste ofusca todas as outras”). Ainda assim, é um livro escrito na pandemia, e isso se reflete nos pensamentos que emergem de um isolamento prolongado. Em Quem me dera quedas d’água, Helena retoma a organização das ideias por meio das notas (em seu primeiro livro, sobre a fome; agora, sobre a peste), que contam histórias que, de tão reais, às vezes são difíceis de se acreditar. Vai do causo à causa. Sua escrita parte de uma realidade que é vivida antes de ser teorizada, as palavras chegam depois para dar nome ao que existe como ação. Consequentemente, apresenta à pessoa leitora um pouco do cotidiano de movimentos populares, da ação concreta, desde os perrengues de chegar a quem não tem bilhete de entrada para o mundo informatizado, às alegrias solenes de um churrasco inusitado. E quando nos perdemos em pensamentos buscando termos e categorias abstratas, ela nos lembra que também somos corpo, um corpo que pulsa e deseja na matéria. Helena Silvestre milita em movimentos de moradia desde os 13 anos de idade. Irrequieta, essa mulher afro-indígena vive o que chamou de feminismo inominável e marxismo favelado. Enquanto isso,celebra a vida e agradece, como só quem tem pouco sabe agradecer. (Talvez possamos escapar).

Cecília Farias – Amiga de quebrada e de passeata, tradutora feminista, produtora do Babel PodCast e linguista pesquisadora do Museu da Língua Portuguesa.


Sobre a autora | Helena Silvestre

Helena Silvestre nasceu em Mauá, São Paulo, em 1984. Escritora e integrante do Sarau do Binho, é co-editora da Revista Amazonas. Publicou em 2018 seu primeiro livro, Do verbo que o amor não presta, pelo Selo Sarau do Binho e no ano seguinte publicou Notas sobre a fome, finalista do prêmio Jabuti 2020 e traduzido ao espanhol pela Mandacaru Editorial em 2021. No mesmo ano publicou O sistema e o antissistema, em Co-autoria com Ailton Krenak e Boaventura de Sousa Santos (Editora Autêntica) e em 2022 publicou Quem me dera quedas d´́água, livro que reúne crônicas escritas durante a pandemia. Possui publicações em coletâneas nacionais, internacionais e em revistas acadêmicas como The South Atlantic Quarterly. Pesquisadora independente, é educadora popular integrante da Escola Feminista Abya Yala e foi finalista do prêmio VIVA- Marie Claire 2020 na categoria inovações na educação. Feminista afroindigena, atua na militancia por moradia, terra e território.

Informação adicional

Peso 0,3 kg
Dimensões 0,8 × 15 × 22 cm
Revisão

Sônia Bischain, Silvia Tavares

Apresentação Quem me dera

Boaventura de Sousa Santos

Arte da capa

Pilar Emitxin, Uberê Guelé

Diagramação

Lu Sampaio

Número de páginas

168, 104

Tipo

Brochura

ISBN

978-65-995028-8-0
978-65-995028-3-5

Entrega

Pré-venda! A previsão é de que os envios comecem no fim de Abril.

Avaliações

Não há avaliações ainda.

Seja o primeiro a avaliar “Combo | Cochichos de amor e outras alquimias + Quem me dera quedas d’água”

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você também pode gostar de…